segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Sim, por vezes eu me canso.
E me pergunto que porra é essa,
Pra que tanta correria,
Pra que tanto medo.
Pra chegar onde?
Sim, nessas vezes eu me canso - de mim.
Revejo o caminho,
Refaço passos.
E me pergunto
Pra quê?
Certas coisas não têm respostas
Tampouco explicações.
Mas não aceito algo tão simples assim.

.
E nesses momentos -
onde tão longe me encontro,
onde tão eu sou -
Nada me causa espanto,
Nada me tira do transe.
E pra quê?
.


Parece cocaína
Mas é só tristeza
Talvez tua cidade
Muitos temores nascem
Do cansaço e da solidão
Descompasso, desperdício
Herdeiros são agora
Da virtude que perdemos...

Há tempos tive um sonho
Não me lembro, não me lembro...

Tua tristeza é tão exata
E hoje o dia é tão bonito
Já estamos acostumados
A não termos mais nem isso...

Os sonhos vêm e os sonhos vão
E o resto é imperfeito...

Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira...

E há tempos
Nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
E há tempos são os jovens
Que adoecem
E há tempos
O encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
Só o acaso estende os braços
A quem procura
Abrigo e proteção...

Meu amor!
Disciplina é liberdade
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem (Ela disse)
Lá em casa tem um poço
Mas a água é muito limpa...





[por vezes o silêncio me faz voltar. por vezes, posso até sentir. como se o passado fosse aqui e eu fosse capaz de tudo, de tudo... de não ser, de ser, de renascer, de refazer... mas dura somente milésimos. Porque não me engano. Sei quem sou, sei onde estou. E não me dói. Só me cansa. Por vezes me cansa ser eu]

Um comentário:

Mari disse...

Por vezes tbm me canso de mim mesma,diversas vezes acordo querendo ser outra, mas o espelho é como uma bofetada, me devolve a realidade...


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