terça-feira, 7 de outubro de 2008

Somos o que somos

Podemos – e sempre o fazemos – tentar negar nossos defeitos, nossos medos. Essa idéia de que podemos ser o que quisermos. Bem nova era, auto-ajuda... Sei lá, algo do estilo. O problema é esse. Essa coisa de querer negar. Não é negando que superamos os problemas. Pelo contrário. Quanto mais negamos, mais enraizamos a erva-daninha. Acho que ela gosta de sombra pra crescer. E como não encaramos, não nos damos conta do quanto certas coisas crescem, de como certos problemas podem se transformar em verdadeiras bolas de neve. E continuamos negando, negando... Até que tudo explode na nossa frente. E ainda temos a audácia de dizer que "não sabíamos que isso aconteceria", ou, pior, "como aconteceu se eu não vi?". Queria entender porque o ser humano tem essa tendência ao auto-engano. Será culpa das nossas mães, das nossas professoras de jardim de infância, que fizeram de tudo para que acreditássemos em contos-de-fada? Que quiseram porque quiseram que a ilusão do Papai Noel era verdadeira, inclusive quando já tínhamos mais do que idade para que soubéssemos a verdade? E dá nisso... Temos mais do que idade suficiente para sabermos o que é defeito e o que é medo e o que acarreta a nós não encararmos e vencê-los... Mas, mesmo assim, continuamos com essa brincadeira, essa coisa do "amanhã eu faço", "não é comigo", "existe um complô universal contra mim".

Um comentário:

Lomyne disse...

Bom, somos o que somos e no momento quem vos fala é a covarde-mor da face da terra. Devo ser a maior partidária de deixar para depois, deixar para a amnhã, de fugir. E sobre os contos de fadas, poxa, defendi tanto eles semana passada que definitivamente não posso concordar com você. Eles nos plantam algo muito importante, dona moça, uma semente de esperança. Só precisamos administrar pra que não vire uma síndrome de Poliana.


Delírio Niilista: falso sentimento de que o mundo, as outras pessoas ou a própria pessoa não existem