Tenho essa mania terrível de reviver o passado. De reviver na sua ampla intensidade, de dores, dissabores e amarguras. Não, as coisas boas não as revivo. São as que me machucam. Então, as deixo quietas.
E ainda pouco estava revendo meu passado virtual. E não me envergonho dele. Só fico meio impressionada em como certas coisas podem ser deturpadas, modificadas e aumentadas. Mas, tudo bem. Vi um filme uma vez que falava exatamente sobre o que acontece com uma história quando ela passa para o "papel": deixa de ser nossa história, passa a ser domínio público. E não mais importa sua veracidade, como realmente ocorreu ou deixou de ocorrer. É, simplesmente, uma história.
Que o seja.
E, sim, hoje em dia eu tenho muita história pra contar. Não as catalogo como felizes ou tristes. Porque nada é feliz ou triste em sua magnitude. Porque eu sempre rio na desgraça e já me peguei bem apática no meio da alegria. São simplesmente... passagens, trechos. De coisas que poderiam ter sido, mas não foram. Fatos que poderiam ter sido vividos pelo lado B e não passaram da primeira faixa do lado A. Amores que se transformaram só numa história no papel mesmo, dos quais não restou nem resquício de amizade. Inimigos declarados que sumiram na poeira e segredos que perderam total e completamente a sua importância.
Mas ficam aqui, algumas partes, algumas coisas sublinhadas, algumas palavras gravadas. Ficam aqui e eu sei que o que vivi - e que hoje me faz rir - foi verdade.
...êta vidinha mais besta...
3 comentários:
Já pensei uma vez em escrever um livro contando de mim, desde meu nascimento. Acontece que (bem como vc falou) como a gnt parece só lembrar com maior exatidão daquilo de ruim, seria um drama completo.
Quem lesse esse drama ia achar que minha vida não valeu a pena. E eu ainda quero acreditar que ta valendo...
Bjos e td de bom
Adoreiii o seu texto..
Muito lindooo e reflexivo..
Bjuss
eu tinha essa mania de remoer o passado... mas pouco a pouco tenho aprendido a bloquear determinados epsódios da minha mente!
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